Natto: a proteína vegetal japonesa que modula a inflamação, a dor e o sangue
Por Mayra Barbosa
Pouco conhecido no Brasil, o natto é um alimento tradicional japonês feito a partir da fermentação da soja com a bactéria Bacillus subtilis. Rico em proteínas vegetais, aminoácidos livres, vitamina K2 e enzimas bioativas, ele vem ganhando destaque na medicina integrativa como um recurso natural para tratar distúrbios inflamatórios, vasculares e crônicos.
Mas o que o torna tão especial?
Um de seus compostos mais potentes é a nattokinase, uma enzima fibrinolítica que atua diretamente sobre a fibrina — a proteína que forma coágulos sanguíneos. Ao degradar a fibrina, a nattokinase melhora a fluidez do sangue, reduz a viscosidade e previne a formação de microtrombos, o que favorece a microcirculação e a oxigenação tecidual.
Além disso, estudos mostram que o consumo regular de natto modula a adesão e a agregação plaquetária, ajudando o corpo a manter o equilíbrio entre coagulação e fluidez. Isso é especialmente útil em quadros de:
- Dor crônica com má perfusão;
- Varizes, flebites e edemas;
- Pós-COVID com sintomas vasculares ou cognitivos;
- Síndromes inflamatórias persistentes (como fibromialgia ou fadiga crônica).
Outro diferencial está na presença de vitamina K2 (menaquinona-7), que atua de forma sinérgica redistribuindo o cálcio dos vasos para os ossos, protegendo contra calcificações arteriais e osteoporose.
⚠️ Por ser um potente modulador vascular, o uso de natto (in natura ou em cápsulas) deve ser feito com orientação profissional, especialmente em pessoas que usam anticoagulantes ou têm histórico de sangramentos.
Em minha prática clínica, o natto tem se mostrado um aliado valioso para quem busca alternativas naturais e cientificamente embasadas no cuidado da dor, da circulação e da saúde cerebral.
✨ O alimento pode ser medicina — quando usado com sabedoria.
Comments
Post a Comment